sexta-feira, junho 23, 2006

ahhhhh

"It's not a question but a lesson learned in time..it's something unpredictable, but in the end is right..."
Estou novamente diante de um plano de estudos bastante duro mas a concentração está um pouco ou nada em baixo...tensão alta, tensão baixa, será que não podia ser só uma? Coração acelerado, suores frios, cansaço, olheiras, sentimento de incapacidade...tudo isto e mais um pouco.
Sim, não é um dia optimista (apesar da frase inicial, desta música que tanto me diz nestes tempos que passam...), ou melhor, não é um dia propriamente positivo. Deixei de ser pessimista (ou pelo menos tento pensar que sim). Para quê?
Vou à janela, sento-me no parapeito e observo o movimento desta pequenina cidade, mas que sabe tão bem o sentido de rumor (são os camiões do lixo às 7h da manhã quando tenho que deixar as portadas abertas porque tá um calor de morrer, são as obras a começar as 8h da manhã e que perturbam o bom ambiente da cozinha, são os tambores das contradas, todos os Domingos, as 11h da manhã, depois de uma bela noite de "divertimento"...qual não será a sensação?). Fico à janela, pois a vontade de voltar para o mundo do jornalismo italiano egocêntrico e nacionalista é muito pouca ou nenhuma...
E volta o cansaço, as olheiras, o sentimento de incapacidade...
Mas Erasmus não é só brincar e, por isso, vou voltar para a mesa da cozinha (lá vou ter que suportar o barulho das obras...) e estudar um pouco, se conseguir. Falha-me a concentração. Falha-me o incentivo e a motivação. Tudo seria mais fácil se não fosse aqui.
(...)
"I hope you had the time of your live..."
Dito e feito.

quarta-feira, junho 21, 2006

Saudades...

Red Hot Chili Peppers - Otherside

How long how long will I slide
Separate my side
I don't I don't believe it's bad
Slit my throat
It's all I ever

I heard your voice through a photograph
I thought it up and brought up the past
Once you've gone you can never go back
I've got to take it on the otherside

Centuriees are what it meant to me
A cemetery where I marry the sea
Stranger things could never change my mind
I've got to take it on the otherside
Take it onTake it on

How long how long will I slide
Separate my side
I don't I don't believe it's bad
Slit my throat
It's all I ever

(...)

Porque sim...*

segunda-feira, junho 12, 2006

Eu quero...

Porque é nestes dias em que se deve estudar e concentrar que me apetece escrever por tudo e por nada. Falta menos de um mês para toda esta aventura acabar e, quando penso nisso, sinto uma multiplicidade de sentimentos contraditórios. Por lado, a saudade que sinto das pessoas, dos lugares, das coisas que deixei “para trás”. Por outro, a saudade que também sei que vou ter destes momentos que vivi aqui em Itália, das pessoas que conheci e das experiências partilhadas. Volto a frisar, é um mundo aparte.
Estava sentada na minha secretária a resumir uns apontamentos de Marketing e a vontade que me dá é sair pela janela fora e voar um pouco, saborear o vento que hoje está um pouco mais forte…pode ser que ele me leve para longe destas tarefas que tão pouco me agradam. Mas como não tenho asas (e o vento não pode comigo) decidi escrever…
Sentimentos contraditórios, o coração bate mais rápido, a alegria, o espaço vazio…queria um balão voador, pode ser? Quando era pequenina acreditava piamente no Pai Natal, até ao dia em que comecei a perceber que as prendas não vinham da chaminé no dia 24 à noite (sim, porque eu tenho uma chaminé), mas iam sendo postas uma a uma, até ao dia da ceia de Natal. Mas não faz mal. Agradeço a quem me fez acreditar nesse ser que tanta alegria ainda hoje dá a tantas crianças no Mundo.
Poderia certamente afirmar que este texto está um pouco ou nada confuso mas como, por vezes, gosto de ir escrevendo o que penso o resultado foi este. Pouco me interessa. São pedacinhos de mim, partes do meu mundo que gosto de partilhar (mesmo que ninguém leia o que escrevo). Gosto de pôr tudo cá para fora quando sei que depois me vou sentir um bocadinho mais leve (não totalmente, porque há coisas que não podem ser partilhadas).
Tenho saudades dos meus pais, do meu mano, da minha casinha, da minha caminha, da comidinha portuguesa, das idas ao restaurante, dos almoços em família ao fim-de-semana, das brincadeiras do meu irmão, das brigas, dos meus primos “grandes”, dos meus priminhos lindos, dos meus tios…dos aniversários cheios de gente. Ai, aquele balão voador…
E depois corria, por entre prados inexistentes, por entre rochas difíceis de escalar, por entre rios sem maré, tudo em busca de um desejo insaciável de qualquer outra coisa que não esta. Não quero estudar. E, por isso, divago e vou procurando um alento…continuo a achar piada à ideia do balão voador! Acho que vou, mas não sei se volto…