terça-feira, setembro 08, 2009

Querer

Há muita coisa que não controlamos. É normal que assim seja, às vezes até agradecemos que se passe assim. Depois, há os dias em que gostávamos de poder gritar, responder, bater mesmo, porque não? Sim, é verdade. Gritamos, pelo menos cá dentro. Sente-se o amargo de boca. Acho mesmo que percebo a ideia de sofrer com as injustiças. Estranho, não é? Irónico, diria antes.

Mas é melhor que fiquemos por aqui. Não onde ele quer que estejamos. Mas onde ele pensa que nós estamos. Mandar à merda. É isso. Chamar filho da puta. Mas não. Porque há os merdas. E esta vontade imensa de deitar cá para fora. De sentir. É isso, sentir. É bom. Faz-me querer. E isso, poucos se podem dar ao luxo. É engraçado como nunca deixei de querer. É bom sinal, não é? Mandar à merda. E sorrir. Deixar para trás. Um passo atrás. Dois em frente. Porque se ganha assim.

Porque sabe melhor assim. Chamar filho da puta. E no final, depois da confusão. Depois das palavras. Depois das lágrimas. Chamar filho da puta. E sorrir. E pode parecer agressivo. Pode. Mas não é. É facilidade de expressão. Prefiro chamar-lhe isso.

Felizmente, aquele não é o mundo real. Aquele não é o Mundo. Chamar filho da puta. E pensar no sorriso. Ultrapassar-me. Prefiro chamar-lhe crescimento. Mas é como o amor, é fodido.

E é bom.

6 comentários:

Anónimo disse...

"O cifrão sustenta a química da vida."

Anónimo disse...

esqueci-me. é o meu novo blogue. lolo

(pelo menos durante um mês)

Anónimo disse...

esqueci-me. é o meu novo blogue. lolo

(pelo menos durante um mês)

cj disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
cj disse...

Quanta revolta que para aí vai!

Anónimo disse...

Ouvi dizer que a revolta está relacionada com o facto de Sócrates não conquistar maioria absoluta:)