sábado, dezembro 08, 2007

Novos ventos, quem sabe refrescantes?

A razão desta silêncio não é a falta de vontade. Não é a falta de tempo. Não são todas as desculpas que poderia inventar. Mas a dificuldade em escrever tudo quando sinto muito mais do que isso. Apontar cada pequenino momento, cada pensamento, cada instante de loucura.

Desde o último post que escrevi já correu muita água: comecei um estágio, acabei um estágio, comecei um curso, comecei outro estágio, recebi o certificado de habilitações, acabei o curso. Sim, não é muito. Há vidas que serão, sem dúvida, mais interessantes e quem sabe dignas de uma boa biografia. A minha não. Porque apesar de ter o meu sonho nas entrelinhas de tudo o que fiz nestes últimos seis meses as palavras parecem escassear.

"O sonho comanda a vida" - utopia? Até pode ser, mas como diz alguém que partilha comigo esta "loucura"..."quero viver este sonho". Tudo o que nos foi ensinado é esquecido ou posto de lado. Mas erguemos outro património...o da partilha. Ideias, sentimentos, valores, confrontos, discussões...sonhos. E foi aqui que começámos a ser um bocadinho mais do que éramos muito iniciamos este longo percurso...e por saber que foi aqui que comecei a ser mais a Catarina que hoje conhecem, não quero sair desse cantinho só meu.

Não. E por isso não queria escrever. Falta tudo (ou quem sabe muito mais).

P.S. Optimismo!

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domingo, junho 24, 2007

Ser feliz

"Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios. Períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar o oasis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa

terça-feira, maio 29, 2007

Grão de Amor


"Me deixe, sim
Mas só se for pra ir alí
E pra voltar

Me deixe, sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe de me amar

Agora, as noites são tão longas
No escuro eu penso em te encontrar
Me deixe, só até a hora de voltar

Me esqueça, sim
Pra não sofrer,
Pra não chorar,
Pra não sentir

Me esqueça, sim
Que eu quero ver
Você tentar
Sem conseguir

A cama agora
Está tão fria
Ainda sinto o seu calor

Me esqueça, sim
Mas nunca esqueça o meu amor"

Vou pôr-me ali à janela, a espreitar as estrelas e a receber uma brisa de ar fresco..

terça-feira, maio 01, 2007

Caminho

Existem pequenos grandes momentos que exigem mais de nós do que eventualmente pensaríamos...
Rasgam, cortam, ferem, magoam e voltam a magoar.
Percorremos, com pequeninos passos, um pouco desse caminho que parece não ter fim. Buscamos muito mais do que queremos. Somos ambiciosos. O suficiente?
E depois pensamos "o que será que faço aqui?"
A resposta, essa, não surge. Mas tambem não importa. Havemos de continuar a seguir esse caminho. Foi esse o objectivo que traçámos. Irrita. Parece não fazer sentido.
A harmonia de outrora esconde-se por trás de nuvens negras, cinzentas, carregadinhas de chuva. Mas não chove. Só troveja. E parece que o céu vai explodir.
O caminho continua matreiro. (Sacana que ele é!)
E depois, todos "os concursos de beleza", dia após dia, ano após ano. Até termos coragem para dizer "chega!!".
Sim, o caminho não é fácil. Será sempre mais e mais matreiro.

sábado, janeiro 27, 2007

Sim!



É um problema de consciência? Então deixem-nos ter a oportunidade de escolher e deixem a que a consciência funcione para cada qual como deve funcionar. Não nos obriguem a ter que fazer algo contra a nossa consciência...isso sim é um crime. Sim à despenalização!!

terça-feira, janeiro 23, 2007

K's Choice

Shadowman

"Any time tomorrow I will lie and say I'm fine
I'll say yes when I mean no
And any time tomorrow
The sun will cease to shine
There's a shadowman who told me so

Any time tomorrow the rain will play a part
Of a play I used to know
Like no other
Used to know it all by heart
But a shadowman inside has let it go

Oh no, let go of my hand
Oh no, not now I'm down, my friend
You came to me anew
Or was it me who came to you
Shadowman, shadowman

Any time tomorrow a part of me will die
And a new one will be born
Any time tomorrow
I'll get sick of asking why
Sick of all the darkness I have worn

Any time tomorrow
I will try to do what's right
Making sense of all I can
Any time tomorrow I'll pretend to see the light
I just might
Shadowman

Oh here's the sun again
Isn't it appealing to recline
Get blinded and to go into the light again
Doesn't it make you sad
To see so much love denied
See nothing but a shadowman inside

Oh no, let go of my hand
Oh no, not now I'm down, my friend
You came to me anew
Or was it me who came to you
Shadowman

Oh, if you're coming down to rescue me
Now would be perfect
Please, if you're coming down to rescue me
Now would be perfect

Oh, if you're coming down to rescue me
Now would be perfect
Please, if you're coming down to rescue me
Now would be perfect"

K's Choice

Sabe-me bem reviver estas músicas, sentí-las, apreciá-las..sem nada mais à minha volta a não ser a letra que ecoa...
Beijo*

sábado, janeiro 20, 2007

Uma outra coisa


Subi as escadas apenas para te dizer que sinto um vazio em mim. Qualquer outra coisa, que não é um sentimento alegre. E empurro-te, sem querer e sem vontade.
Não tive coragem. Voltei a descer, o orgulho é muito forte. Pego num lápis, decidi escrever-te. É tão mais fácil, menos doloroso, mais cobarde. Não me importo. Sou assim, de vez em quando. Faltam-me as forças e caem as lágrimas. As linhas surgem, tortas e imperceptíveis, quem me manda gostar de escrever em folhas lisas? Espero que não te importes. É mais um traço da minha imperfeição. Mas dizes gostar de mim assim. E eu acredito.
Volto a descer as escadas. Deixo o bilhete ao pé do tapete (espero que não voe e que o vizinho o veja, apesar de tudo escrevi-o apenas para ti, não para um qualquer desconhecido). Sinto-me sem forças e há qualquer coisa cá dentro que não funciona.
Quero acender um cigarro. Mas não. Deixei de fumar. Uma decisão que quero manter. Agora, o cheiro a cigarros enjoa-me, faz-me sentir suja.
Espreito pelos cortinados para ver como está o tempo (quando desci as escadas a cobardia não me permitiu olhar pela janela). Chove. A potes. Estes dias são realmente uma outra coisa que não consigo definir. E sinto a tua falta. Já to disse. Espero que tenhas lido o que escrevi ("Desculpa, amo-te", podias ler). Podia ter-te dito isto pessoalmente. Mas o dia não deixou. Está a chover a potes, lá fora e cá dentro. Tenho que encontrar o chapéu-de-chuva urgentemente...