quarta-feira, junho 22, 2011

Pela noite dentro

Ainda não tinha começado o Verão, mas o dia amanheceu quente. A escaldar, depois de uma noite enfiada em bares dançantes, rodeada de sombras escuras, conversas que ficavam a meio - com sorrisos de quem não percebia o que lhe diziam -, e copos meio cheios. Ou meio vazios.
Ouviu dizer, "as pelas morenas, o calor, as pessoas transpiram sexo", e riu-se. Como quem entende na perfeição o sentimento, e balança as ancas, aproveitando o movimento para seduzi-lo. Não por ele, por ela.

Depois, houve movimentos de bailarina em cima de carros, suspiros encostados a portas de moradores de uma qualquer rua que vai da zona dos bares ao local onde se encontram os táxis. Corrijo: ao local até onde caminharam. Depois de carros, portas, olhares suspeitos, indefinição e hesitação.

Ali parecia não haver problema algum. Ela queria. Mas deixou-o em casa, apesar da vontade. E, depois de ter dormido aqueles breves instantes, ele bateu-lhe à porta, sôfrego de calor. E fizeram o dia nascer, aquele que ainda não era de Verão. Mas que tinha todo o ritmo de uma noite calor intenso. As pelas morenas. E mais ela não disse.

6 comentários:

Andreia disse...

Tu est dejà... je t'avais dis cette matin :-)

Tathiane Galdino disse...

ótima crônica!Adorei o seu blog...Assim que puder visite o meu blog de poesias.

Um abraço,

Fernanda Rodrigues disse...

é o desejo se transformando em doce realidade! há coisa melhor?!

Beijos


http://algumasobservacoes.blogspot.com/
http://www.escritoshumanos.blogspot.com/

Moments of my life disse...

Muito legal seu post... seguindo! :)

www.momentsofmylife-ap.blogspot.com

tavaresjorgeluiz.blogspot.com disse...

"Terno...Doce e...Enigmático como a vida!"

Sândrio cândido. disse...

Interessante descrição.
abraços