sexta-feira, dezembro 19, 2008

Fuga

Vinha de carro. A sentir o vento nos cabelos, de cigarro de fora. Estava a chegar perto daquele momento em que poderia eventualmente cair qualquer coisa parecida com uma lágrima. Não devia demorar muito. Mudou de sentido. Fez um telefonema. A resposta foi "sim, quero!". Não pensou duas vezes. Pôs a música alta, alta mesmo. Naquela intensidade em que se ouve apenas o que se quer ouvir. A batida alegre. Foi a cantar. Deu boleia. E seguiu para o lugar combinado. O tempo passou a voar. Conversas. Sonhos partilhados. Desejos. Frustrações. Vontade de voar. Desabafar. Deitar cá para fora. Não a lágrima. Mas a saudade. O ritmo da conversa, sempre alucinante. Porque às vezes o melhor é esquecer, não pensar. Tinha saudades disso. De fugir. Tu estavas lá. E sabes o que isso significou para mim.

Beijo.

2 comentários:

MaB disse...

Sou teu refúgio quando precisares...
Basta vires;)

Mário Ventura disse...

Ui...