terça-feira, janeiro 27, 2009

Palavras

Hoje, voltei a ler-te. As tuas palavras. Aquelas que escrevias quando ainda não éramos nós.
E tive saudades. Saudades do tempo em que ainda não éramos nós. E daí, talvez fossemos. Saudades de uma protecção sem segundas intenções. Um acreditar. Era isso. É isso. Faz-me falta essa vontade de sonhar, como tu sonhavas. Como ainda sonhas. Sempre no nível oito. É o teu muro. Eu sei.
Hoje, quando te li, tive saudades. Outra vez. Do teu escrever. Hoje, quando te li, tentei procurar-me nas tuas frases. Mas ainda não éramos nós. Éramos outra coisa.
Pedaços de frases, de palavras, de pensamentos. (Mas o que mais quis foi encontrar-me ali). Mas era cedo. Era outro tempo. Aquele foi o tempo reservado para os olhares, para a leve cumplicidade, era o tempo dos momentos. Das fracções de segundo em que ainda não éramos nós.
Hoje, somos. Já somos nós. E continuo com saudades das tuas palavras.

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