terça-feira, dezembro 13, 2005

Um mundo à parte…



Num mundo onde todas corremos dum lado para o outro, foi no curso de Ciências da Comunicação, da Universidade Nova Lisboa, que nos fomos conhecendo e partilhando experiências, histórias, apontamentos, dúvidas, lágrimas e sorrisos. (Parece-vos um bom lead?)
Já vivemos tanto que, para mim, torna-se complicado começar por algum lado. Não importa referir as primeiras Vocc’s porque hoje todas somos uma só. Importa talvez referir que vos amo do fundo do meu coração. Pode parecer lamechas, pode parecer demasiado forte mas é isto que sinto. Cada bocadinho de cada uma de vós preenche-me e faz de mim uma pessoa melhor.
Sem que a ordem importe, visto que todas são para mim o “gomo” que falta para dar origem à laranja, aqui vai. Mariana, a tua força e a tua garra para enfrentar tudo e todos ajudam-me a compreender melhor o mundo. Sei que, para nós, o amor está acima de tudo e por isso muitas vezes sofremos. No entanto, vivemos e somos felizes com aquilo que temos. Gostamos de dar e o teu sorriso ajuda-me sempre (“Tá bem Alberto?”). Sara Biscaia, as longas conversas que muitas vezes tive contigo e todas as situações pelas quais te vi passar fazem-me ver que os “pequenos problemas” que possa ter são apenas isso, “pequenos problemas”. Admiro a tua força e principalmente adoro as tuas gargalhadas (“Keu nem sei!”).
Débora, posso dizer que tenho vindo a descobrir em ti alguém com uma “capacidade linda” para encarar a vida (apesar do pessimismo que tantas vezes se apodera de ti). A tua vontade de vencer e o teu inconformismo fazem de ti uma pessoa muito especial. Quero-te por isso. Nádia, apesar do teu “característico” feitio (isto não é para levar a mal) consegues pôr-me a sorrir quando dizes coisas como “E não dá para ser um seis?” (quando a escala é de 0 a 5). A tua persistência e a tua maneira tão “perfeita” de ver a vida fazem-me lembrar que, às vezes, há mais para além das coisas más que nos passam pela frente.
Raquel, bem miúda, de ti espero tudo, até que me consigas encher a sala nova com milhares de pintas de vinho tinto, numa tentativa frustrada de abrir uma garrafa com uma faca (lolol). O teu optimismo e a tua capacidade de te “desmembrares” para fazeres tudo e mais alguma coisa são para mim um exemplo a seguir. Açoreana, confesso que admiro essa tua capacidade de seguir em frente sempre que é preciso. A tua “calma” sempre presente é o oposto da minha “perturbação com o tempo”, e gosto quando encararas tudo como se houvesse sempre mais outro dia. Espero por ti em Siena!
Letícia, como se costuma dizer, os últimos são os primeiros (kidding). Pois é, adoro o teu “positivismo kantiano” e o teu stress de última hora. Adoro quando fechas os olhos e dizes que tens sono e fazes aquele gemido. É lindo. Adoro tudo o que faz de ti a Letícia que nós conhecemos.
Su, de ti já sei um pouco mais e mantenho esta relação nas Caldas. Somos duas teimosas e a tua teimosia acaba por tornar a minha ainda maior (acho que me percebes). Gosto da tua forma de encarar a vida. Joana, embora ausente neste período, também me tens ensinado como nunca se deve desistir, mesmo quando tudo à nossa volta parece estar a desmoronar.
Espero que nenhuma se tenha sentido inferior e se sentiu volto a repetir que, para mim são todas um gomo da mesma laranja. Uma expressão bem a jeito de Letícia, “Todas diferentes, todas Vocc’s”. Já são 2h30 da manhã e temo que o cansaço se esteja a apoderar da minha capacidade intelectual. Há que confiar no “génio”.
Decidi escrever esta “carta” porque, ultimamente, os nossos dias têm sido tão a correr que parece que me falta algo. Cada vez mais sinto que não consigo viver sem vocês, sem as nossas conversas e as nossas partilhas. São como um vício, mas um bom vício, dos quais nunca mais nos queremos separar.
É isto que eu espero, que a nossa amizade possa permanecer. Que as eventuais “zangas” desapareçam. Que tudo possa continuar a ser como é porque, tenho que dizer isto, não aguentava ver-vos longe. Não quero. Não vou deixar. É impensável.
Em Fevereiro estou de partida para Siena. Vou sentir a vossa falta (excepto as Torres que vão comigo) mais do que possam imaginar. Há 3 anos, quando entrei para este mundo, nunca pensei que fosse ser assim. Mas ainda bem que é. Ainda bem que vos tenho. Ainda bem que somos uma só.
Não queria alongar-me demasiado mas parece que tenho ainda tanto para dizer. Vejo e revejo fotografias dos nossos momentos todas juntas e tanto coisa fica por dizer naqueles retratos. E o que não está dito vive em nós e dá-nos força. Só nós podemos saber o que sentimos em cada momento e, só nós, sabemos o quanto foi importante cada um daqueles momentos.
Para terminar, em bom jeito de finalização de reportagem, quero (e quero mesmo) que permaneçam junto a mim. Não aceito (nunca aceitarei) que uma de nós se desprenda deste laço só nosso. Se, neste momento, puderem sentir a força de que falei, então sabem o que é ter que viver sem isso. Sabem que não conseguiriam e que uma parte de vós ficaria vazia. É assim que eu me sinto sem vocês.
Agora que sentem o que vos digo não deixem que isso morra nunca. Não deixem que o sorriso desapareça, que as conversas deixem de existir, que a partilha se esvaneça. E voem, voem como só nós sabemos voar. E acreditem, como nós tanto temos acreditado. Somos um mundo à parte, mas um dia, somos nós que vamos conquistar o mundo. O mundo que só nos compreendemos e que ninguém iria perceber porque razão o desejamos tanto. Adoro-vos muito!
Catarina

6 comentários:

Anónimo disse...

Até se me apertou o coração! Porque eu sou um gomo que está demasiadas vezes longe da laranja. E a nossa casca faz-me falta. Beijinhos

ARN disse...

Laranja, alface, cenoura...não interessa!O que nos une está muito para lá de uma roda dos alimentos. Tens toda a razão quando dizes que estes últimos tempos têm sido só correr de um lado para o outro, sem tempo para darmos atenção umas às outras...mas uma coisa é certa, durante estes meses de pressão também fomos solidificando as nossas relações e construindo mais uma boa dose de histórias para o nosso portofolio... adoro-te miuda! Este semestre foi optimo...apesar dos 20 mil trabalhos e das 50mil horas a trabalhar para análise!
Espero começar a ter uma alimentação mais equilibrada...
Beijão

ARN disse...

ah, arn, sou eu: a chefe raquel

Anónimo disse...

Vocês são a coisa mais importante que me aconteceu desde que vim para Lisboa. Todo este tempo que tenho passado a construir estas amizades fez-me perceber que são das coisas mais importantes que tenho! Obrigada miúda! Por existires!
Bjinhux!***

Deb disse...

Aparte o atraso na "entrada", aparte as desavenças, aparte a estranheza do extra-Lissabon, aparte a demora no comentário a tão gentil texto, aparte o sorriso que andei a procurar, aparte os cortes, aparte a distância, aparte a aparente insensibilidade... aparte tudo isso, este texto prova que constituímos um verdadeiro mundinho ao nosso estilo, a cores ou a preto e branco, que aos poucos nos tem ensinado muitas coisas importantes.
Obrigada, Catarina-que-vais-para-longe

Anónimo disse...

Miúda
Cada vez que leio o text dá-me vontade de chorar. Porque fico triste por ires embora. Porque sei que vais demorar.
Depois encho-me de ânimo por ter a certeza que quando voltares, as coisas vão ser tal e qual como são...Porque amizades destas nunca se perdem...
Beijos enormes
Adoro-te imenso